Sem Falar em Religião

Sem tocar no nome de nenhuma religião, uma coisa que é dita em todas elas é o amor, o amor ao próximo. Na nossa cultura procuramos um amor para um dia nos casarmos e constituirmos nossa família. Essa procura pelo “amor de nossa vida” pode ser eterna. Até que um dia encontramos alguém, que pode ou não dar certo, pode ser que fiquemos juntos pro resto da vida, pode ser que nada saia como planejamos. Em algumas culturas orientais, a família é o mais importante, é certo que um dia você se casará, terá filhos, independente de ser ou não o “amor de sua vida”, o coletivo é mais importante do que o individual. Para nós, ouvir isso parece algo abominável, como assim casar com alguém sem amor? Como assim, ter uma família só por ter? Se virmos bem, o que qualquer religião prega? Não é o amor ao próximo? Será que se realmente amássemos uns aos outros não seria qualquer um o “amor de nossa vida”? Claro, não é algo que conseguimos entender assim, logo de cara, mas nessas culturas que funcionam assim, o que se nota é que as pessoas são mais gentis, o sexo não é algo tão vendido quanto na cultura ocidental, nem necessário, pois eles não vêem o sexo como nós vemos, vêem a beleza de maneira diferente. E tudo acaba sendo mais espontâneo, mais verdadeiro, e apesar de serem casamentos “arranjados” eles se tornam casamentos unidos pelo amor, não o amor egoísta que satisfaz a você mesmo, mas o amor que satisfaz a família, o grupo. Não to dizendo pra a partir de amanhã, casarmos com a primeira pessoa que aparecer, nós nascemos numa cultura ocidental, e dificilmente mudaremos nossas idéias, mas pare para pensar, abra um pouco a cabeça, e perceba o quanto podemos ser mais desapegados, amar muitas pessoas, desvalorizar um pouco o sexo como ele é vendido à nós. Talvez tudo flua melhor, aconteça de maneira mais natural, sem posse, sem apego, e amando o próximo como a si mesmo.

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