Achados e Perdidos

Conversando com um primo meu que eu não via há tempos, chegamos no papo em comum, perguntei, e você, está namorando? Ele disse que não, mas que procurava uma namorada e que assim que encontrasse ia diminuir o ritmo da baladas, pois o que queria mesmo era um pouco de sossego. Brinquei com ele e disse, que coisa, a maioria das minhas amigas querem encontrar alguém para namorar e sossegar, por que ninguém está se encontrando?

A resposta que ele deu, foi a mais simples, sem grandes filosofias, disse que a maioria das pessoas guarda mágoas de outros relacionamentos, e fazem comparações, e acabam não se abrindo para o novo, para conhecer pessoas interessantes, estar disposto de verdade a ter alguém, e que então preferem ter relacionamentos relâmpagos, pois assim, “sem comprometimento, sem dor”.

Voltei pra casa pensando no que meu primo disse, e quanto era verdade aquilo, e pensei comigo mesma, será que eu faço isso e nem percebo? E quantas pessoas eu me relacionei, pensavam nisso e eu nem dei a oportunidade de conhece-las melhor, essa defesa que nós temos de não nos expor, acabamos por perder grandes oportunidades na vida.

E como complicada é a vida, quando um acha, outro perde, a dificuldade em achar e depois de estar no mesmo momento, querendo a mesma coisa, aquela sintonia. Amar é difícil, mas ao mesmo tempo é tão bom. Quando éramos crianças, tínhamos a sensação que um dia conheceríamos o amor da nossa vida, nos casaríamos e seríamos felizes para o resto da vida, depois descobrimos que além de amar, tem que ter objetivos em comum, gostos, e às vezes até amigos, fora dinheiro, mas nem vou entrar neste mérito.

A verdade é uma só, e por mais que seja clichê, é a mais pura verdade, para cada panela, existe uma tampa, só falta achá-la. E melhor ainda, como é boa essa procura! Texto escrito em 2002

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