Jogos de Amor

Como diz a música, “Eu sei jogos de amor são pra se jogar...” começamos a falar numa roda de amigos sobre isso, e eu defendendo que não gostava de jogar, e não gosto mesmo, quer coisa mais “não” espontânea? Não é gostoso ligar a hora que tem vontade? Dizer o que pensa e o que está afim? Um outro amigo logo defendeu, sem jogo não há conquista, e dizia que eu tinha que jogar de qualquer jeito se quisesse conquistar alguém, e sabe que no final, ele tinha uma certa razão, deveria ter jogado naquele momento!

Esse mesmo amigo, ainda veio com uma teoria, “mulher usa o sexo pra conseguir amor e o homem usa amor para conseguir sexo” Achei de um tremendo mal gosto, machista, mas ele tinha toda razão, no final as mulheres com todo o liberalismo arduamente conseguido, no final querem um homem que as protejam, e seja um bom provedor.

E os homens, com o sexo fácil que se tem hoje em dia, acabam ficando perdidos, e entram naquela história de esta é pra casar e esta é pra se divertir, por que não se casar com uma mulher que você possa se divertir? E depois reclamam que se casaram com uma chata de galochas, e que era muito mais gostoso quando saía com aquela que era “pra se divertir”.

Acho que no final das contas se todos nós fossemos mais verdadeiros em nossas conquistas, mais honestos com nós mesmos e não tivéssemos que provar a todos o que fazemos, o que escolhemos, e o que queremos de fato, a comunicação entre os sexos seria bem mais fácil. Se eu quero e você também quer, pra que ficar fazendo tipo? Pra que ter que mostrar algo que não é? Para provar o que pra quem? Qual é a regra afinal? Na primeira vez, não, pode ser na segunda ou na terceira, mas tem um charminho antes, ou fazem tipo de que nunca aconteceu isso antes. Passamos o ano 2000, esse jogo já está ultrapassado. Precisamos ser mais verdadeiros. Alguém achou o manual do jogo por aí? Texto escrito em 2002

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